Não é preciso muita coisa para mudar a vida, basta só um cromossomo, no entanto não se pode deixar o cromossomo mudar o amor que devemos sentir pelo próximo.
Obra
É ela uma complexa fase da rápida decadência
Uma voz anuncia a hora da partida
Um aceno simboliza a despedida
Uma lágrima rola na face abatida
Ficam pessoas queridas
Segue o ser agora dividido
Nesta hora do eu só, sofrida
A saudade torna-se mais atrevida
Incorpora-se no corpo nas revividas.
Esta vontade de ser que morre no temor
Fuga! Da falta de sorte no amor
Fuga! De tudo que precede a morte
Obra
Um super-homem flutuando no teto
Tijolos caindo, um deus me livre
Creio em deus pai, esta foi perto
Uma mão, duas mãos,...ferros no tim-tim...
Outras arrastam carroças de concreto
Cordas correndo nas calhas, rom-rom...
Um pulo na trilha bamba, um cuidado esperto
Puxa-encolhe, vai-volta, serrote roque-roque
Calos afagam a lâmina, doloridos afetos
Corre-corre, fecha-fecha, abre-abre...
Na boia-fria boia uma perna de pato
Eis-me, eis-te, eis-nos,...nessa loucura
Bebendo a mesma água, comendo o mesmo prato
Janeiro-junho/julho-dezembro; dia, mês e ano
Trabalho, trabalho, trabalho,...certos/incertos!
Leva e traz, vira e mexe, dia a dia, sou operário
Esta é uma cláusula da vida, assinada neste contrato.
Vida
Uma vida é apenas um espaço equidistante
Existente entre três fazes de sobrevivência
Um tique-taque de um coração inconstante
Um inspiro, um expiro da vital influência
Do invisível entra e sai do ar constante
Que contribui para perpetuar a existência
Que se apaga como a cor da bandeira ao sol escaldante.
É ela uma complexa fase da rápida decadência
Que de mazelas tantas, faz-se pêndulo oscilante
Que se entrega as armadilhas da morte um dia.
Viagem
Uma voz anuncia a hora da partida
Um aceno simboliza a despedida
Uma lágrima rola na face abatida
Ficam pessoas queridas
Segue o ser agora dividido
Nesta hora do eu só, sofrida
A saudade torna-se mais atrevida
Incorpora-se no corpo nas revividas.
Medo
Há este sinal vermelho nas realizações
Este algo que nos prende, paralisa
Este perigo externo nas internas ações
Esta inibição exagerada que nos hipnotiza.
Esta vontade de ser que morre no temor
Este freio de um pedido, deseja sim, pensa no não
A procura de uma fonte de luz, fuga da noite
Ficar acompanhado por não querer a solidão.
Fuga! Da falta de sorte no amor
Do desamparo, prendendo-se a algo protetor
Do destino, da doença, da dor,...
Fuga! De tudo que precede a morte
Da traição, em algo que lhe conforte
De ser passageiro das fobias fracas e fortes.
Relação
A vida é um sonho de cores fortes
E a morte? Que escura arte!
Que destino cruel, que sorte!
Quem dela escapa, se conforte.
Qual o prelúdio de seu prólogo?
O círculo enfermo e vicioso de cada dia
Ou quando se fantasia de orgias
Nos hipnotizando convida-nos logo.
Quando é que se infiltra
Que o filtro não resiste a pressão
E chega a hora letal, sinistra?
Deixemos rolar esta relação
Do efêmero conflito vida-morte
Nesse semi-eldorado ilusão.
Participação
Instituir metodologias participativas, de caráter permanente, com vistas a promover o bem comum, aproxima o povo do governante e contribui para a consecução das finalidades administrativas. Promove o desenvolvimento e a democratização. O que conduz ao aprimoramento e a eficiência nos serviços públicos.
Faz uma lágrima cair
Domina nossos sentimentos
Nos fazendo sair
Da calma a loucos momentos.
Na noite chega calada
Quando estamos sozinho
E na madrugada
Na ausência de carinho.
Não se ver, se sente
Dentro de nós sua dor
Quando chega é derrepente
Nos fazendo sofredor.
Este amor não vejo e sinto
Não tenho, mas insisto
Porém é difícil, não conquisto
Todavia eleva meu espírito
Entretanto me faz chorar muito
Ora é meu conforto, ora meu conflito
Pois este sentimento estar escrito em negrito
Portanto entrego-me a este interior grito
Aceito já que não posso controlar seus agitos
É maior do que meus maiores hábitos
Embora não tenha provado seu doce hálito
Desde que chegou fez-me adstrito
Me conformo quando passa e o fito
De modo que decoro seu sedutor jeito
Para que possa refleti-lo perfeito
Ao passo que penso nele em meu leito
E espero a conjunção antes que pare meu peito.
Conjeturar o tempo criatura
Não é apenas anódino dizer
Mas asseverar as vias futuras
Transborda-nos alegria, tristeza, padecer,...
Molestar o futuro que perante te há de aparecer
Já não valerá mais nada quando for viver
Intempestivo e despendidos serão teus sentimentos
Na fatuidade de sonhos de alguns momentos.
Ponderar o mistério oculto do teu universo
Se aziagos! Correrão negligentes sobre o teu destino
Em vez de homem! Será um prosaico menino.
Se for singular verter de doces versos
Com judiciosa exuberância de felicidade surgindo
Na fronte de desaire de outrora, serás o triste sorrindo.
Venho aqui te procurar
Sei que vou te encontrar
Senhor!
E aqui depositar
Minha confiança
Em teu santo nome
Que é minha esperança
Senhor!
E aqui
Alegra meu coração
Em cujo espírito não há engano
De tua benevolente compaixão
Senhor!
E aqui
Pedir perdão
Do erro de meus pecados
Senhor!
E agora
Desvia-me do mal
Me ensinando a cultivar o bem
Senhor!
Guarda-me em teu esconderijo
Que quero estar contigo
Senhor!
Só tu és o meu conforto
Só tu és o meu suporte
Só tu és o meu abrigo
Livra-me a alma da própria morte
Senhor!
Felicidade dorme comigo
Em teus braços me faz sonhar
Me dar conforto, preciso de abrigo
Se veste de amor, vem me amar
Não me abandonas, corro o perigo
De uma lágrima me dominar.
Felicidade por te brigo
Em cada dia que despertar
Ensina-me teu caminho, que sigo
Pulsa no meu coração, faz ele cantar
Faz-me escravo, aceito o castigo
Acende a chama da alegria para ficar.
Cai no corpo, toca a pele
Leva-me ao teu paraíso
Prende-me em tua sela
Faz da vida um grande riso.
Óz
Saudade
Faz uma lágrima cair
Domina nossos sentimentos
Nos fazendo sair
Da calma a loucos momentos.
Na noite chega calada
Quando estamos sozinho
E na madrugada
Na ausência de carinho.
Não se ver, se sente
Dentro de nós sua dor
Quando chega é derrepente
Nos fazendo sofredor.
Conjunção
Este amor não vejo e sinto
Não tenho, mas insisto
Porém é difícil, não conquisto
Todavia eleva meu espírito
Entretanto me faz chorar muito
Ora é meu conforto, ora meu conflito
Pois este sentimento estar escrito em negrito
Portanto entrego-me a este interior grito
Aceito já que não posso controlar seus agitos
É maior do que meus maiores hábitos
Embora não tenha provado seu doce hálito
Desde que chegou fez-me adstrito
Me conformo quando passa e o fito
De modo que decoro seu sedutor jeito
Para que possa refleti-lo perfeito
Ao passo que penso nele em meu leito
E espero a conjunção antes que pare meu peito.
Tempo
Conjeturar o tempo criatura
Não é apenas anódino dizer
Mas asseverar as vias futuras
Transborda-nos alegria, tristeza, padecer,...
Molestar o futuro que perante te há de aparecer
Já não valerá mais nada quando for viver
Intempestivo e despendidos serão teus sentimentos
Na fatuidade de sonhos de alguns momentos.
Ponderar o mistério oculto do teu universo
Se aziagos! Correrão negligentes sobre o teu destino
Em vez de homem! Será um prosaico menino.
Se for singular verter de doces versos
Com judiciosa exuberância de felicidade surgindo
Na fronte de desaire de outrora, serás o triste sorrindo.
Oração
Venho aqui te procurar
Sei que vou te encontrar
Senhor!
E aqui depositar
Minha confiança
Em teu santo nome
Que é minha esperança
Senhor!
E aqui
Alegra meu coração
Em cujo espírito não há engano
De tua benevolente compaixão
Senhor!
E aqui
Pedir perdão
Do erro de meus pecados
Senhor!
E agora
Desvia-me do mal
Me ensinando a cultivar o bem
Senhor!
Guarda-me em teu esconderijo
Que quero estar contigo
Senhor!
Só tu és o meu conforto
Só tu és o meu suporte
Só tu és o meu abrigo
Livra-me a alma da própria morte
Senhor!
Felicidade
Felicidade dorme comigo
Em teus braços me faz sonhar
Me dar conforto, preciso de abrigo
Se veste de amor, vem me amar
Não me abandonas, corro o perigo
De uma lágrima me dominar.
Felicidade por te brigo
Em cada dia que despertar
Ensina-me teu caminho, que sigo
Pulsa no meu coração, faz ele cantar
Faz-me escravo, aceito o castigo
Acende a chama da alegria para ficar.
Cai no corpo, toca a pele
Leva-me ao teu paraíso
Prende-me em tua sela
Faz da vida um grande riso.
Amor
Sacrifico-me, me entrego,...
Cedo meu corpo, mostro minha alma
Fico intransferível, pureza não nego
Faço-me simpatia, alegria, calma,...
Respeito o meu apego, por ele luto
Estimo seus valores, busco a união
Me visto de verdade absoluta
Faço palpitar o coração.
Se há lágrimas, torno-me consolo
Divido, me adapto a esta dor
Se risos! Quero ser palhaço tolo
Dou risadas, torno-me animador.
Tento olhar na mesma direção
Quero estar toda hora disponível
Ser esta profunda afeição
Estar aqui, ali,...mesmo invisível.
Bahia
Sou Bahia, mãe gentil
Sou cacau, sou chocolate
Paisagem filha deste Brasil
Poesia, literatura, sou arte!
A manhã dourada de sol, céu anil
Terra, água, ar que os invade
O amor, a paixão, a brisa varonil
Que bate no peito da mocidade.
Sou a canção no violão
A energia dos corpos na beira mar
O tic-tac de cada coração
O brilho de luz de cada olhar
O calor, a agradável sedução
Do vai-e-vem das ondas do mar.
Sou Bahia, sou Bahia
Brasil sou você
Sou Bahia, sou Bahia
Beleza, vida, prazer.
Parintins
No Parintins
Tambores se ouviram
Tambores se ouviram
É o boi-bumbá
Que surgiu
Vestido de vermelho
Pau-Brasil
Acendendo o folclore do Brasil.
É o Garantido
Que passa de novo
É o meu boi
No meio do povo.
Traz em seu coração
O fulgor do amor
O calor da paixão.
Moqueca de tucunaré
E surubim
Suco de cupuaçu
E açaí
Uma menina morena
Lábios carmim
Vestida da cor do meu boi
Só pra mim.
Óz
Faz mágica, Mágico de Óz
De um mundo além
Mendigos em faraós
Da ilusão notas de cem
Do grito uma suave voz
Em cada pulso um Big-Bem
E que se espalhe entre nós
Nos concedendo um instante de bem.
Canto forte do albatroz
Que aos meus ouvidos vem
Traz a este mundo feroz
A liberdade, a paz também
Como brilha a luz veloz
Entre tantos girassóis
E o amor que fale, que fale
Que fale entre nós.
Praça
As quimeras boninas
O esmeraldo capim
O eflúvio da rosa rubra
O jasmim!
O sol diamante lume
Cálida beleza, cume
Sinfonias de pássaros
Pássaro!
A brisa corta a madeira
Rápida, singela
Que carreira!
A pureza da donzela
O céu risonho, a praça
Que bela!
Amanhecer
No céu grandioso, formoso,...
A espuma límpida esconde o luar
Volto os olhos à noite, curiosos
À estrela que brilha no ar.
O vento espalha o perfume
Das rosas silvestres na madrugada
A luz inconstante de um vaga-lume
Ilumina a semi-escura estrada.
O céu fica maravilhoso
Desperta um raio cor de ouro
Do sol que surge vagaroso
Anunciando um dia vindouro.
Morte
Acordei assustado, pensei ser a morte
Que com seu véu frio me cobria
Mas no meu peito o coração batia forte
A vida ainda no corpo corria.
Coisa estranha viver esta agonia
Imagine o quanto sofre saber-se deste medo
É triste ver emurchecido os lábios que sorriam
Mas ela vem como vulto, tarde ou cedo.
Que caminho siga para que não a encontre!
Ainda hoje sobre alguém ela caiu
Vi o desespero daquele ser
Desejava ver por onde ela entrou e a vida saiu.
Os meus olhos não viram, quem sou eu?!
Este mistério só quando a hora verdadeira
Longe acenar com a luva da despedida derradeira
Fizer aparecer e dizer: você morreu.
Divisão
Sim, não nego o amor ele é lindo
Manha e noite quero viver assim
Com este sentimento em mim sorrindo.
Que me tome do inicio ao fim
Que seja lágrima quando estiver partindo
Que traga a vida como o orvalho ao capim
Que me acorrente quando for fugindo
Que me roube com a sedução do jasmim
Que me levante quando for caindo
Que seja o suave som de um bandolim
Que seja real, não instantes fingidos
Que não tenha muros de Berlim
Que por todos haja aceitação, seja permitido
Que assuste e não fira, balas de festim.
Um amor assim, todo pra mim
Mergulhado em minha alma, escondido
Circulando nas veias, líquido carmim
Eu dentro desta chama perdido
Como louco egoísta entre rosas de um jardim.
Não quero assim!
Todo amor pra mim!
Contigo divido.
Manha e noite quero viver assim
Com este sentimento em mim sorrindo.
Que me tome do inicio ao fim
Que seja lágrima quando estiver partindo
Que traga a vida como o orvalho ao capim
Que me acorrente quando for fugindo
Que me roube com a sedução do jasmim
Que me levante quando for caindo
Que seja o suave som de um bandolim
Que seja real, não instantes fingidos
Que não tenha muros de Berlim
Que por todos haja aceitação, seja permitido
Que assuste e não fira, balas de festim.
Um amor assim, todo pra mim
Mergulhado em minha alma, escondido
Circulando nas veias, líquido carmim
Eu dentro desta chama perdido
Como louco egoísta entre rosas de um jardim.
Não quero assim!
Todo amor pra mim!
Contigo divido.
Emoção
É tão bom viver
Esta forte emoção
Já perdi a razão
Já não posso conter
A voz do coração
Quando quer dizer
Quando quer gritar
Que está amando você.
Depois de tudo
Vem o doce prazer
Você é meu mundo
Não vivo sem você
Às vezes fico mudo
Tentando entender
Essa loucura
Que sou eu e você.
É um louco amor
É um louco querer
No meio de tudo
Paro o tempo só pra te dizer
Você é minha paixão
Meu jeito de ser
Que sou louco
Louco por você.
Em você encontrei a felicidade
Felicidade
Você faz bater no meu peito
Um amor de verdade
De verdade.
Apesar
Apesar da lágrima, da saudade
Do que sonhamos, do que fomos
Do cálice de vinho que brindamos
Da canção que juntos cantamos
Do beijo que não provamos
Das estradas que lado-a-lado caminhamos
Dos bons momentos que dividimos
Dos pingos de chuva que tomamos
Você esta partindo o que somos.
Apesar de te amar, proteger, consolar
Te entender, tentar te ganhar
Nas noites frias o meu calor te ofertar
Ser só teu, me entregar
As lágrimas dos teus olhos enxugar
De quando você cair te levantar
Ser silêncio só pra te ouvir falar
De pedir para você comigo ficar
Você estar se despedindo me fazendo chorar.
Apesar de saber do meu amor
Você não me quer, se despede, sai sorrindo
De cabeça erguida como o peito do vencedor
Enquanto fico pequeno, fingindo
Aceitar a derrota, ser mais um perdedor
Sem sentidos, apenas um corpo caindo
Sem forças para levantar, nocauteado pela dor
Vá! Vá! Enquanto fecho os olhos amor
Pois não quero ver você partindo.
Conjugação
Canto
a canção que cantas
Um pássaro canta, cantamos
Mas vós cantais como cantam as matas
Neste indicativo presente somos
Músicos do verbo desta serenata.
Um pássaro canta, cantamos
Mas vós cantais como cantam as matas
Neste indicativo presente somos
Músicos do verbo desta serenata.
Só eu era apaixonado, nos amamos
Eras a deusa do amor mais sensata
Era o tempo em que éramos enamorados
Éreis de ser por mim decantada
No bálsamo das minhas canções nos anos
Que o imperfeito do meu ser retrata.
Era o tempo em que éramos enamorados
Éreis de ser por mim decantada
No bálsamo das minhas canções nos anos
Que o imperfeito do meu ser retrata.
Fui à procura de te, senti tua falta
Foste te esconder em um mundo além dos sonhos
Foi à lágrima a companheira nata
Eu e ela fomos amigos no desengano
Para onde foste!? Oh! Doce ingrata
Que contigo foram todos os desejos
Perfeito plano de fuga me maltrata.
Ah! Lá vem ela bela
Oh! Ri meu coração de satisfação
Olá! Dizem meus lábios a ela
Olé! Diz a presença a solidão.
Avante! Avante! Coragem! Coragem!
Cala meu medo, fala meu coração
Viva! Que maravilha de paisagem
Psiu! É ela chamando minha atenção.
Chi! Tomou-me a paixão
Pudera! Estava diante de meu desejo
Silêncio! Era demais a emoção
Bis! Acabara de receber um beijo.
Te amo, disse a sua boca
Não resisti a vontade louca
Gritei alto: oooooooooba !
Foste te esconder em um mundo além dos sonhos
Foi à lágrima a companheira nata
Eu e ela fomos amigos no desengano
Para onde foste!? Oh! Doce ingrata
Que contigo foram todos os desejos
Perfeito plano de fuga me maltrata.
Interjeição
Ah! Lá vem ela bela
Oh! Ri meu coração de satisfação
Olá! Dizem meus lábios a ela
Olé! Diz a presença a solidão.
Avante! Avante! Coragem! Coragem!
Cala meu medo, fala meu coração
Viva! Que maravilha de paisagem
Psiu! É ela chamando minha atenção.
Chi! Tomou-me a paixão
Pudera! Estava diante de meu desejo
Silêncio! Era demais a emoção
Bis! Acabara de receber um beijo.
Te amo, disse a sua boca
Não resisti a vontade louca
Gritei alto: oooooooooba !
Poeta
A mensagem não se completa
É como se a hora certa fosse incerta
Faltasse um instante de alerta
A mão quieta tornasse inquieta
Morresse o forte porte de atleta
As palavras ficassem secretas
Perdesse o caminho todas as metas
Já não houvesse porque fazer festa
Entortasse as linhas retas
A escrita se mudasse em imperfeita
Falecesse a poesia o poeta
Até o tema não mais resta!
E o corpo sem poesia a rima não desperta
Já posso dizer com frase repleta
__Perdi minha alma de poeta.
Procissão
Vinham os ramos verdosos oscilando
Os lábios murmuravam singular oração
Chiados de alpercatas, chex, chex,...arrastando
Os corpos que seguiam com devoção.
O calor enchia os poros de lágrimas
A capela aproxima-se gloriosa, iluminada
A fé de joelhos sangrava em ricas rimas
Se aproximando do apogeu enfeitado de alvorada.
Carregada pelos ombros escravos da procissão
A cruz da penitência com lentidão
Atropelava o calçamento, riscava o chão.
O sorriso da infância nos braços da proteção
Via o rosário correr nas suadas mãos
Dos corações arrependidos que pediam perdão.
Prostituição
Deitou
a matéria, vendeu a carne
Cedeu o prazer do desejo que cega
Pela monta que o destino fez-lhe traje
Hematomas que na sociedade gerou-se, ela carrega.
Pela monta que o destino fez-lhe traje
Hematomas que na sociedade gerou-se, ela carrega.
Na face suada de desvanecer, enganos
Corre a triste gota que acompanha seus anos
Perdida sem rumo uma triste canção entoa
Sibilante como o vento na mais deserta proa.
Corre a triste gota que acompanha seus anos
Perdida sem rumo uma triste canção entoa
Sibilante como o vento na mais deserta proa.
No pelourinho cruciante afaga as mágoas
Presa como um pássaro em suas asas nuas
Palhaço sem riso, vida amarga.
Presa como um pássaro em suas asas nuas
Palhaço sem riso, vida amarga.
Como as ondas do mar o navio traga
Acolhe na face a boca alcoólatra
Depois as mãos que lhe rasga as pálpebras.
Acolhe na face a boca alcoólatra
Depois as mãos que lhe rasga as pálpebras.
Mar
Foi na beleza incomparável do mar
Que descobrir o quanto a vida é singela
As ondas vinham, iam como o piscar do olhar
Haviam velas velozes, repletas de aquarelas.
Um azul que escurecia com sombras de nuvens
Espuma entre águas, passos na areia
A claridade do sol que queima, bronzeia
No solo úmido o corpo de sereias.
Um barco preso no sal dança sem parar
Solitário guiado pelo destino do vento
O mar alegre sua melodia a cantar
Pra ele é salgado os doces momentos.
A brisa espalha o oxigênio solto da água
Crianças completam a pureza deste mistério
Que com carícias lava as impurezas dos mais velhos
Sempre forte com tom de sério.
Ela
Caiu a noite bela,
estrelada...
Na praça divina colorida
de rosas
Assim é magia até chegar a
madrugada
Com o sol da manhã ainda é
mais formosa.
Assim é a menina que nela
passa
Só que tem mais perfume
que todas as rosas
Mais encanto, mais
sedução,...
Para mim é mais doce e
charmosa.
Só que ambas é minha
inspiração
Uma me acolhe, outra não
me ver
Uma guardo na mente, outra
no coração.
Uma vejo o dia todo, outra
só a tarde
Uma é meu lazer, outra a
minha paixão
Para uma sou invasor,
enquanto a outra me invade.
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